Entre os dias 25 e 28 de agosto, Salvador sediará o II Congresso Mundial de Bioética e Direitos dos Animais, que este ano terá como tema central as “Perspectivas para a vida em um planeta em mudança”. Organizado pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da UFBA e pelo Instituto Abolicionista pelos Animais, terá solenidade e conferência de abertura no Salão Nobre da Reitoria e as demais atividades em auditórios do Campus de Ondina (PAF 1, 3 e 5). O congresso pretende enfrentar, sob um enfoque transdisciplinar, questões morais e jurídicas cruciais de nosso tempo, tais como mudança climática, energia nuclear, ecologia profunda, células-tronco, aborto, eutanásia e direitos dos animais. Durante o evento serão celebrados convênios com universidades estrangeiras que permitirão o intercâmbio de professores e estudantes baianos, possibilitando a democratização e o incremento do conhecimento científico.
Com efeito, o Brasil não poderá consolidar sua vocação de liderança no cenário global se seus intelectuais e cientistas não tiverem a oportunidade de produzir conhecimento de qualidade sobre problemas que já estão há muitas décadas na agenda das nações desenvolvidas. O aborto, por exemplo, há muito exige uma solução, pois, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que no Brasil duzentas mil mulheres são hospitalizadas, a cada ano, por complicações decorrentes de abortos clandestinos, o que significa uma em cada cinco em idade fértil. Em recente artigo, a revista “Time” adverte que, apesar dos esforços do Governo Federal, os índices de mortalidade materna permanecem estagnados há 15 anos, o que está intimamente ligado aos abortamentos clandestinos.
Outro tema importante é a utilização da energia nuclear como fonte alternativa para o enfrentamento do aquecimento global, posição que sempre foi combatida pelos ambientalistas, mas que vem sendo defendida por James Lovelock, considerado um ecologista radical. Por outro lado, os direitos dos animais têm se constituído em um dos mais polêmicos debates da atualidade e cientistas ao redor do mundo já reconhecem que o Brasil vem tendo papel de destaque na matéria, ao lado dos EUA e da Espanha, onde recentemente o Parlamento da Catalunha proibiu as tradicionais touradas a partir de 2012.
Dentre eles, o Ministro Antonio Herman Benjamin (STJ), Maria Auxiliadora Minahim (UFBA), Vânia Tuglio e Laerte Levai (MP-SP), Daniel Lourenço (UFRRJ), Edna Cardoso (UFMG), Fábio de Oliveira (UFRJ), Alfredo Magliore e Paulo Magno Dourado (USP), Marly Winkler (SVB), Silvana Andrade (ANDA), George Guimarães e Tamara Bauab (VEDDAS), Fernanda Medeiros (PUC-RS), Daniele Tetü (PUC-PR), além dos juízes Laura Scaldaferri e Ana Barbuda (TJ-BA), Mônica Aguiar e Saulo Casali (Justiça Federal), Maria das Graças Silva, Luciano Santana e Antonio Leal (MP-BA), Sergio Nogueira Reis e Ana Rita Tavares (OAB-BA), Rodolfo Pamplona (Justiça do Trabalho), Edivaldo Boaventura (Academia de Letras da Bahia), Gerson Norberto (SEMA), Nelson Cerqueira (Faculdade Thomaz de Aquino), Sueli Custódio e Tagore Trajano (Unijorge).