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Governo do Estado aporta recursos para a recuperação da infraestrutura do Museu de Arte Sacra da UFBA

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A Universidade Federal da Bahia recebeu com satisfação a notícia da liberação de recursos do Governo do Estado para as obras de recuperação da infraestrutura predial do Museu de Arte Sacra (MAS) da UFBA. Esses valores vêm a se somar aos já destinados ao MAS pela Prefeitura Municipal de Salvador o que, nas palavras do reitor Paulo Miguez “evidencia o reconhecimento dos gestores à imensa importância do Museu para a memória, cultura e arte do nosso estado”.

Após completar 65 anos, a Reitoria da Universidade comunicou a necessidade de fechamento do espaço para todas as finalidades em razão dos riscos relacionados à infraestrutura, principalmente nas instalações elétricas e nos telhados. A decisão foi chancelada pelo Conselho Universitário em 30 de julho deste ano.

“Quero manifestar a nossa gratidão – minha e de toda a comunidade da Universidade Federal da Bahia (UFBA) pela união do governo do estado e da prefeitura da capital neste esforço coletivo, desempenhando um papel crucial na recuperação do Museu, que abriga a maior coleção de arte sacra barroca da América Latina e está localizado em um destacado conjunto arquitetônico seiscentista brasileiro”, concluiu Miguez.

 

Patrimônio da Humanidade

 

Reconhecido como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938 e declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985, a sede do Museu de Arte Sacra da UFBA tem uma rica história. Antigo Convento de Santa Teresa D’Ávila, fundado pelos Carmelitas Descalços em 1697, abrigou o Seminário Arquiepiscoal e serviu também de alojamento para as tropas portuguesas nas lutas pela Independência da Bahia. Desligado da ordem em 1840, ficou abandonado e em ruínas até 1959, quando o primeiro reitor da UFBA, Edgard Santos, instalou no local o Museu de Arte Sacra da Bahia (MAS) por meio de um convênio com a Igreja Católica, criando o primeiro museu universitário do Estado. Essa parceria foi renovada em 2017, com duração semelhante ao primeiro acordo, 60 anos.

O Museu é um importante espaço de guarda, pesquisa e exposição, é, assim, um local para o olhar o passado, refletir sobre o presente e mirar o futuro, sobretudo quando se pensa num museu universitário, com importante papel no ensino, na produção científica e na extensão. Além da igreja, sacristia, coro, capela interior, refeitório e biblioteca com cerca de cinco mil títulos, disponíveis para consulta, o conjunto dispõe de 16 salões, 12 salas, 10 celas, longos corredores e galerias e duas escadarias de pedra com painéis de azulejos do século XVII nas paredes.