A Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB/UFBA), primeira instituição superior de ensino da medicina no Brasil, sempre figurou entre as melhores do país. Para manter-se em alto patamar de excelência, seu curso de graduação e seus programas de pós-graduação são constantemente aperfeiçoados e atualizados, acompanhando a evolução da ciência médica, as melhores práticas acadêmicas e a legislação vigente.
Assim, recentemente, o currículo da graduação em medicina passou por alterações que visam ao cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). As mudanças atenderam a exigências de inclusão de componentes curriculares como os da área de Urgência e Emergência, bem como às diretrizes do Conselho Nacional de Educação, que preconizam a inclusão da curricularização da extensão e dos temas transversais.
Antes da reforma, a grade curricular do curso tinha uma carga horária elevada, que ia de encontro, inclusive, à de outros cursos tradicionais no Brasil com o mesmo nível de qualidade da UFBA - eram 8.952 horas-aula, enquanto as DCN estabelecem 7.200. Com a alteração, a graduação em medicina da UFBA passou a ter uma grade de 7.282 horas-aula, total acima do exigido por lei.
É de todo equivocada, portanto, a ilação de que tal redução de carga horária - item no bojo de uma ampla e qualificada reforma, elaborada e discutida ao longo de meses em diversas instâncias da universidade, nos marcos de sua autonomia didático-científica - implique perda de qualidade do ensino na medicina na UFBA. Tal suposição só poderia ter origem em grupos de mentalidade obtusa e ideologicamente orientados, aos quais a Universidade Pública parece incomodar ao proporcionar, sem abrir mão de sua tradicional qualidade, a entrada e a permanência de estudantes trabalhadores por meio de políticas de ações afirmativas.
A Universidade Federal da Bahia não se intimida com ataques antidemocráticos e reafirma o binômio que rege esta instituição de educação pública superior: Excelência Acadêmica e Inclusão Social.
