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UFBA assina termo de cooperação técnica em favor do meio ambiente

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Um acordo de cooperação técnica entre a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA), por meio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), foi assinado na manhã dessa quinta-feira (23/05).  O objetivo do convênio é a execução de ações conjuntas através de troca de dados e informações técnico-científicas, que possibilitem o avanço de conhecimentos dos quadros técnicos da instituição, voltados para ações de desenvolvimento e preservação ambiental, em projetos dos campos da engenharia e geociências, na Bahia.

De acordo com o reitor João Carlos Salles, esta é uma iniciativa estratégica para o crescimento do estado da Bahia, na qual “a UFBA cumpre o seu papel como Universidade que aplica seu conhecimento acadêmico na sociedade em que está inserida”.  O secretário do meio ambiente, João Carlos Oliveira da Silva, também destacou a importância do pacto entre as instituições, pois “é preciso unir a excelência da pesquisa realizada na UFBA com os projetos de avanços tecnológicos para a Bahia”.

Várias unidades da Universidade participarão diretamente da cooperação como o Instituto de Geociências, através do programa de Reaproveitamento de Rejeitos Minerais e Resíduos Sólidos e de um grande projeto de estudos oceanográficos em águas brasileiras, como informou a diretora do IGEO, Olívia Oliveira.  Há mais de um ano, um grupo de pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e Computação, da Escola Politécnica já vem trabalhando com projetos como o uso de drones para avaliação de impacto ambiental e um programa de monitoramento e gerenciamento de riscos ambientais, que também estão contemplado no escopo do convênio.

Outras unidades da UFBA como as pró-reitorias de Ensino de Graduação e de Pesquisa, Criação e Inovação e os institutos de Humanidades Artes e Ciências Milton Santos (IHAC) e de Biologia também desenvolverão ações associadas às áreas da cooperação. O acordo de cooperação técnica nº 001/2019, que prevê a qualificação profissional do quadro técnico e pessoal das instituições coparticipantes, tem um prazo de vigência será de 24 (vinte e quatro) meses.

Segundo os termos do tratado, a UFBA discutirá e promoverá atividades de treinamento e/ou reciclagem visando a qualificação dos quadros técnicos da SEMA e INEMA e técnicos, docentes e discentes da UFBA; promoverá viagens técnicas de campo entre seus técnicos, visando o estudo das áreas de interesse comum relacionadas com os projetos realizados; participará dos encontros de planejamento, das missões de supervisão e de avaliação dos projetos; monitorará, supervisionará, avaliará e fiscalizará o desenvolvimento de todos os projetos e ações; elaborará relatórios ou documentos técnicos necessários para a execução dos projetos; disponibilizará pessoal e equipamentos para integrar as atividades a serem desenvolvidas; apoiará as atividades e dará suporte necessário para o cumprimento das ações previstas no acordo, durante o  seu período de vigência.  A SEMA e o INEMA também discutirão e promoverão atividades de treinamento e/ou reciclagem, visando a qualificação dos quadros técnicos da SEMA e INEMA e técnicos, docentes e discentes da UFBA.

Parcerias com o Igeo
 
Está prevista para o dia 05 de junho a assinatura de um acordo de cooperação específico entre a  Sema e o Instituto de Geociências (Igeo) da UFBA, enfocando dois novos programas de pesquisa que estão em fase final de elaboração. Segundo a diretora do Igeo, Olívia Oliveira, um deles é o programa de reaproveitamento de rejeitos minerais e resíduos sólidos da mineração em municípios do Estado da Bahia, que se ocupará do levantamento bibliográfico e geológico de campo para detalhar o conhecimento e registro das atividades vinculadas à temática.
 
As informações irão alimentar um banco de dados que possibilitará a realização de trabalhos acadêmicos e científicos a serem encaminhados para congressos/reuniões científicas e revistas especializadas. Segundo Oliveira, a  “interdisciplinaridade se faz intrínseca nesse programa, uma vez que é necessária a integração da abrangência geológica a temas econômicos, sociais, destacando uma área de extrema importância na geociências que é a geomedicina”.
 
O programa, cujo período mínimo é de três anos de duração (2019 -2022), tem a intenção de implementar o desenvolvimento de patentes de inovação tecnológica com a participação de pesquisadores que são professores do instituto, ligados à área de geologia econômica e mineração, geologia de campo, geografia, geologia e geoquímica ambiental.
 
O outro programa é o de aquisição e avaliação de dados do meio físico e oceanográfico da região do arquipélago de Tinharé, em Boipeba, no interior da Bahia. O objetivo é a aquisição de dados de geofísica rasa e de oceanografia como subsídio para os estudos ambientais e suporte para avaliações no plano diretor daquela área.
 
A diretora conta que o projeto fará o levantamento batimétrico e topográfico dos principais canais da região para mapear a geodiversidade, a perfilagem de sub-fundo, a fim de identificar a quantidade dos materiais depositados, e a coleta de sedimentos para avaliar sua composição. As áreas técnicas contempladas são a oceanografia geológica, a geofísica rasa, a biodiversidade e a análise ambiental.
 
Oliveira sinalizou que os resultados esperados são o detalhamento do fundo e das áreas navegáveis, a classificação dos diferentes tipos de fundos oceânicos, a detecção e quantificação dos principais recursos minerais, a avaliação dos componentes biogênicos e indicadores da qualidade e saúde ambiental. E os benefícios acadêmicos e sociais serão a transferência de tecnologias, a avaliação da qualidade ambiental, a identificação e capacidade de diminuir futuros impactos ambientais (naturais ou não), o desenvolvimento e aprimoramento de modelos sobre o meio físico natural e o treinamento de pessoal local para auxiliar nas diferentes funções.
 
O programa durará o mínimo de três anos e terá a participação de pesquisadores do Igeo ligados à área de Oceanografia, Geofísica, Geologia e Geoquímica ambiental.